A importância dos antibióticos
Antes da penicilina ter começado a ser utilizada como antibiótico, 90% das crianças morriam de meningite bacteriana.
Surgiam complicações graves a partir de laringites e era comum infecções nos ouvidos passarem para o cérebro - causando problemas severos.
A Tuberculose e pneumonia desenvolviam-se tão rapidamente, que levavam a complicações secundárias sérias ou mesmo à morte.
Hoje mais de 70 anos depois das primeiras aplicações bem sucedidas da penicilina, pode tornar-se necessário antes que lhe seja prescrito um antibiótico que esta pergunta seja feita - se existe mesmo um risco de vida?
Ou se, a prescrição desse medicamento não é apenas uma forma rápida se livrar da doença, de voltar à aceleração dos dias, voltar à produtividade standard, de manter o ritmo e a rotina diária que existia antes de terem surgido os primeiros sinais de febre ou desconforto no corpo. Muitas vezes naturais e inofensivos.
Adoecer, pode ser uma oportunidade de entrar em contacto consigo. Com as suas limitações, com a sua humanidade, com um período breve da sua vida em que não existe muito a fazer, senão parar, ficar e escutar.
E esperar, que a inteligência do seu corpo ao seu ritmo, lhe reabilite, corpo, respiração e mente.
Se para alguns de nós, esta atitude pode ser demasiado passiva - especialmente quando existe um mundo lá fora que nos espera, com os mais diversos estímulos.
Parar conscientemente, é também uma atitude de desafio, perante todos esses estímulos.
A quietude, torna-se um manifesto claro ao seu ritmo pessoal e uma oportunidade - nem que seja por alguns dias, de se tornar um ser único com uma identidade e opinião sobre o que se passa à sua volta - em vez de mais um entre tantos participantes activos, empenhados em viver todos esses estímulos - muitas vezes sem questionar.
Acordar por acordar, fazer por fazer, reagir por reagir, tomar por tomar.
Não existem dúvidas da importância dos antibióticos, mas essa importância é grandemente acrescida quando suportada por uma escolha consciente* - sempre que possível, por parte de quem os toma e os prescreve.
Boas práticas
Lourenço de Azevedo
*Em caso de dúvida deverá consultar o seu médico de família.
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