A estrela polar

A estrela polar tem sido um dos factors que tem orientado a humanidade e que está presente em momentos chave da mesma.

Especialmente em momentos em que a orientação fazia parte do plano.

Em que ao viajar de A para B era necessário ter uma segurança de que estávamos no caminho certo.

Esta imagem da estrela polar pode ser também transportada para a vida humana.

Se saber o que a orienta, o que a motiva pode ser crucial, pode também ser importante pensar que nesta viagem de A para B que a distância da viagem pode ser grande, pode ser mesmo um projecto de vida, como a rota da seda ou como seria uma viagem a pé para Jerusalém ou Roma.

E se o destino seria importante, o mais importante seriam o marcos, a observação, as pausas que permitiam algum tipo de confirmação se a rota estava correcta.

Quem já fez o caminho de Santiago procura por exemplo as flechas amarelas.

Quando começa uma dieta para emagrecer, subscreve uma mensalidade num ginásio, começa um trabalho num projecto que acredita que vai fazer diferença, uma relação em que acredita que vai ser feliz, quais são os marcos, os pontos de referência intermédios que utiliza para saber que está na direcção que lhe trás nutrição.

Que lhe permitem olhar para o passado, observar a sua condição actual e preparar os próximos passos?

A nossa estrela polar pode ser comparadas às nossas aspirações, mas estas poderem estar longe demais e esta distância pode não ser a suficiente para nos guiar na direcção que desejamos.

A primavera tem a energia de ser a mãe de todos os começos e visões das nossas vidas e é fácil começar focados no final, no objectivo.

No entanto, existe também a perspectiva daquilo que faz com que a viagem, p projecto ou relação seja um percurso nutritivo não é tanto a direcção, que de uma forma ou de outra temos em mente, mas o processo, a mastigação prolongada, o respirar fundo, o auto-cuidado, o espreguiçar, o abraçar, o sentir os pés no chão.

Boas viagens.