O micro guia para a impermanência
Ou, a importância que damos às pequenas coisas
Antes da pandemia abraçar era algo vulgar.
Um acto tão simples e comum, que neste momento se tornou tão importante e valioso, pela sua ausência.
Socialmente é incerto para quando o seu regresso e para quando, mesmo com o seu regresso, será possível fazê-lo, sem a estranheza dos filtros que foram criados e impostos.
A questão é que nunca sabemos, nunca sabemos quando será a última vez.
- Nunca sabemos que som vamos ouvir de seguida.
- Qual é o próximo pensamento a surgir na nossa mente.
- Quem nos vai ligar daqui a um minuto ou quem sabe, só amanhã.
Não sabemos.
Mas nesta incerteza existe o possível antídoto, que é usufruir ao máximo do que fazemos.
Mesmo que seja a última vez.
- A refeição que preparamos ou que prepararam para nós.
- A companhia, mesmo telefónica, de alguém que nos é querido.
- Cada passo que damos no parque.
- Cada linha do livro que lemos.
- Cada paisagem que vemos com ou sem pôr do sol.
- Cada respiração.
O facto é que não sabemos, não sabemos nada.
Sempre foi assim, mas existem momentos nas nossas vidas porque os vivemos na primeira pessoa que nos identificamos mais.
Mas já que estamos a viver, já que estamos aqui, vamos mesmo aproveitar ao máximo os recursos que temos.
E usufruir do que temos no aqui e agora.
Isso ninguém nos pode privar.
Boas práticas :)
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